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Malbec: características e dicas de vinhos

Malbec: características e dicas de vinhos

A Malbec é a uva que conquistou o coração (e as taças) dos brasileiros. De origem francesa, encontrou sua expressividade na Argentina, mais precisamente na região de Mendoza. Por lá, ganhou um estilo próprio, com características únicas da Malbec, gerando um vinho intenso, encorpado, com taninos fortes (paladar seco), alto teor alcoólico com sabor e aroma de frutas pretas com toque de madeira.

Carinhosamente chamado de “Malbecão”, transformou-se em referência mundial. A grande responsável por isso foi a vinícola argentina Catena Zapata com o seu Catena Malbec (R$ 187, Mistral), rótulo que mostrou o potencial da casta Malbec para originar vinhos de classe mundial. 

Com todo o sucesso, produtores de diversas regiões passaram a replicar o estilo, que se tornou um padrão para a uva. Mas a Malbec vai muito além desse modelo; ela é uma variedade muito equilibrada, que gera vinhos frutados, delicados e de diferentes intensidades. Por sorte, os produtores estão deixando de lado o tal “padrão” e desenvolvendo vinhos de diferentes estilos em que a uva consegue expressar suas características e o enólogo imprimir sua personalidade.

Malbec argentino para iniciantes e iniciados

Renomados produtores de Malbec de Mendoza estão seguindo uma tendência mundial de vinhos menos extraídos e com menor interferência da madeira. Como é o caso da renomada Rutini. A vinícola desenvolveu o Rutini Trumpeter Reserve Malbec (R$140, St Marche), um vinho em que é possível perceber claramente os sabores e aromas da fruta, sem ser encoberto por madeira.

Assim como o Chakana Nuna Malbec (R$ 82, La Pastina), um vinho orgânico, biodinâmico e vegano que transparece todas as características da uva. Os dois são vinhos em que os taninos não são tão marcantes, com isso a sensação de boca seca é menos perceptível. Ideal para quem está começando a se aventurar pelos vinhos tintos. 

Para os que estão a mais tempo nesse mundo, Viña Cobos e Susana Balbo são referências para explorar o universo da Malbec. A primeira, é propriedade de Paul Hobbs, enólogo americano considerado o Steve Jobs dos vinhos, suas criações visam exibir as características do local em que a uva foi cultivada, como o Felino Alfa Malbec (R$ 213, Grande Cru).

Já Susana Balbo, primeira enóloga da Argentina, visa expressar todo o potencial de suas vinhas de Malbec através de um trabalho detalhado na vinícola. A elaboração dos vinhos conta com diferentes recipientes, como barril de carvalho, cuba de inox e até ovo de cimento, onde é fermentado o Benmarco Sin Limites Gualtallary (R$ 250, Cantu). Cada recipiente aporta características diferentes à Malbec.

Para quem quer entender como a região onde a uva é plantada interfere no vinho, o kit Aventura Kaiken (R$ 610, Qualimpor) serve como uma aula. São três rótulos elaborados em micro terroirs diferentes que dão origem a três expressões distintas da Malbec.

Malbec além da Argentina

Produtores de outras outras regiões, principalmente na América do Sul, têm criado as suas versões com a variedade. São vinhos que mesclam as características originais da Malbec com toques que remetem à região onde a uva foi cultivada. 

O Terrarum Single Estate Malbec (R$ 120), da vinícola chilena Morandé, é um bom exemplo O vinho traz notas de vegetal, um aroma bem típico do Chile. No Brasil, a vinícola gaúcha Arte Viva imprime sua personalidade com o afinamento do Elementar Malbec 2021 (R$ 150) em barril de castanheira, madeira brasileira que gera castanhas. 

Já o Intipalka Malbec (R$ 76) revela um sabor salino oriundo de seu solo: o deserto peruano de Ica. Os vinhos de Cahors, região francesa de origem da Malbec, são intensos, bem secos com presente aroma de couro. É um vinho mais rústico. Para conhecer a região, prove Baron du Tertre Réserve (R$ 70, Evino) ou Tarani Reserve Cahors Malbec (R$ 115, W2U).

Diferentes estilos e características da Malbec

Se você não curte vinho muito intenso ou não é fã de tinto, a dica é provar outros estilos, como rosé, espumantes e até vinho branco produzidos com Malbec. A vinícola argentina Trivento foi a primeira a criar uma versão branca com a variedade, o Trivento Reserve White Malbec (R$ 74). 

Para que o vinho fique clarinho, as uvas são encaminhadas à fermentação sem a casca, pois é a pele que tinge o líquido. Com isso, o resultado é um vinho leve, fresco e com aromas de maçã verde e flores.

A Malbec também é muito utilizada para a produção de rosés e está ganhando cada vez mais as garrafas de espumantes. As vinícolas gaúchas Vistamontes (R$ 65) e Don Guerino (R$ 59) têm suas versões borbulhantes elaboradas 100% com a uva. São vinhos com coloração rosé e com sabor que lembra morango e cereja. 

Ainda na linha dos efervescentes, tem o diferentão Pét Nat Somnan Bulles Rosé VdF (R$ 256, Cellar), elaborado em Cahors pelo método ancestral.  O processo consiste em engarrafar o vinho parcialmente fermentado, para que a fermentação finalize na garrafa. Isso dá ao vinho borbulhas delicadas, cremosidade e complexidade de aromas e sabores.

Para ir além das degustações e explorar toda a riqueza da Malbec argentina, é importante compreender também a diversidade de Mendoza. Aqui neste link você pode reserva uma aula sobre os Vinhos de Mendoza.

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