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Entenda o rótulo do champagne

O rótulo do champagne deve conter informações que esclarecem ao consumidor qual o tipo de bebida que está naquela garrafa. A mais importante região produtora de espumantes do mundo, Champagne, possui regras especificas para rotulagem de seus vinhos.

Informações obrigatórias no rótulo do champagne

É obrigatório ter claramente o estilo do espumante, de acordo com o teor de açúcar (nature, brut, demi-sec). Veja aqui qual a dosagem limite para cada tipo de champagne. E as particularidades da cuvée, caso haja, como Blanc de Blancs, Rosé, Blanc de Noirs e o ano da safra (no caso de um Vintage).

Também deve conter dados de localização. O nome da região precisa estar bem aparente, além do nome da cidade onde o produtor/comprador está inserido (Reims, Epernay, Ay) e a localização de onde o vinho foi produzido (caso seja diferente da sede da empresa).

As informações sobre o produtor vão além do nome da marca. É necessário ter o número de registro profissional emitido pelo Comitê de Champagne e as siglas que fornecem elementos sobre a categoria profissional do produtor (RM, NM, CM, RC, SR, ND e MA). Esse código é de extrema importância, para saber em qual categoria de produção determinado espumante se enquadra. Abaixo vamos ver o que significa cada sigla.

Códigos de produtores de Champagne

Champagne possui 16 mil produtores e 320 maisons. A legislação da AOC permite diferentes práticas de negociação entre eles, que inclui a venda da uva, do mosto e do vinho já vinificado.

Essas práticas não ficam claras ao consumidor. Por conta disso, a lei exige que seja incluído no rótulo do champagne a nomenclatura a qual o produtor/comprador se encaixa. Para, de alguma forma, o consumidor saber o que está comprando.

As 7 classificações de Champagne

A classificação não está atrelada necessariamente à qualidade do produto. Mas, através da leitura desses códigos, é possível ter uma ideia do tamanho da produção e entender o trabalho por trás de cada garrafa. Os códigos aparecem com duas letras em maiúsculas seguidas do número de registro do produtor/comprador.

NM: négociant-manipulant

Produtor que compra uvas, mostos ou vinho e se encarga de elaborar a bebida em sua propriedade e comercializam com sua marca. Todas as grandes casas de champanhe estão nessa categoria. Ou seja, Veuve Cliquot, Moët et Chandon, Dom Pérignon, G.H. Mumm, entre outras. Essa sigla é quase imperceptível no rótulo. Uma forma do produtor não chamar atenção para tal informação.

RM: récoltant-manipulant

Produtor que utiliza apenas uvas cultivadas em sua propriedade. A legislação permite a compra de até 5% do volume total de terceiros, para que produtores de Chardonnay possam comprar Pinot Noir para elaborar rosés. É comum que essa inscrição esteja bem visível no rótulo do champagne, pois ser um RM é motivo de orgulho para o produtor.

RC: récoltant-coopérateur

Produtor que elabora vinhos com uvas próprias e utiliza as dependências de uma cooperativa parceira para vinificação.

SR: Société de récolants

Grupo familiar de viticultores que vinificam e vendem em conjunto uma marca comum ou várias marcas comunitárias.

CM: cooperative de manipulation

Essa nomenclatura no rótulo do champagne significa que a adega cooperativa produz vinho com as uvas de seus viticultores membros.

MA: marque auxiliaire, marque d´acheteur, or marque autorisée

Vinho elaborado para uma marca particular, como restaurante, hotel e supermercado, que, necessariamente, foi elaborado através de um produtor que se encaixa em um dos códigos listados acima.

ND: négociant-distributeur

Comprador de vinhos já acabados e engarrafados e dá a eles uma marca própria. A maioria desses produtos não são vendidos na região de Champagne, mas sim em diversas outras partes do mundo. Principalmente na Ásia. Como é o caso da Infinite Eight, que lançou uma garrafa de champagne que muda de cor comercializada no Japão.

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