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O que são castas de uva?

Casta é nome dado alguma variedade de uva. Por exemplo: Chardonay, Malbec ou Pinot Noir são castas de uva.

Infográfico casta de uva espécie vitis vinicera
Vitis vinífera – infográfico. Veja mais infográficos aqui.

O vinho pode ser produzido com diferentes castas. Para ser considerado um vinho fino, a uva precisa pertencer à espécie Vitis Vinifera.

A espécie Vitis Vinifera surgiu na Europa, mais precisamente no Mediterrâneo. Há registros de mais de 5 mil tipos de uvas dessa espécie reconhecidas, delas 4020 são registradas pela OIV – Organização Internacional da Vinha e Vinho. Dentro da especie Vitis Vinefera, podemos ainda dividir as uvas em 2 variações: castas internacionais e castas autóctones.

Qual a diferença entre castas autóctones e castas internacionais?

Castas autóctones são as uvas originárias de um determinado território e que ali se desenvolveram plenamente. Também chamadas de uvas regionais, são tipos que representam o terroir de origem. Em muitos casos, podem encontrar dificuldade em se desenvolver fora de seu habitat natural. Porém, alguns tipos de uva têm grandes condições de adaptação e possibilita o cultivo em outras regiões que não de sua de origem. Essas uvas ganham o status de Castas Internacionais.

Exemplos das principais castas internacionais são: Pinot Noir, Chardonnay, Merlot, Syrah, Carmenère, Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc e Malbec originarias da França.

Exemplos de castas autóctones, mas que também são plantadas fora de seu território: Bonarda e Nebbiolo da Itália, Touriga Nacional de Portugal e Moscatel Ottonel da Áustria.

Assista a essa playlist de vídeos sobre as principais castas de uva, as características de seus vinhos e dicas de receitas que combinam muito bem com cada estilo.

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O que é a tipicidade de uma casta?

A tipicidade de uma casta é o conjunto de características originais da uva. Dessa forma, as uvas autóctones representam fielmente o terroir de onde se originam. No caso das uvas internacionais, a tipicidade é encontrada no país de origem. Como, por exemplo, a Pinot Noir. A uva, mesmo plantada em diversos lugares, é originaria da Borgonha, França. Com isso, a Pinot Noit tem sua tipicidade na AOC Borgonha, ou seja, vinhos produzidos ali representam mais fielmente as características originais daquela uva.

Qual a Tipicidade da Carmenère?

A tipicidade da Carmenère é um capítulo a parte, a casta é originária de Bordeaux mas foi considerada extinta no século XIX por conta da Filoxera. Contudo, em 1994 o ampelógrafo Jean-Michel Boursiquot descobriu que parte da casta Merlot desenvolvida no Chile era na realidade Carmenère. A casta teria sido preservada da Filoxera pois o Chile possui um terreno isolado por barreiras naturais como a cordilheira dos Andes, deserto do Atacama e a Patagônia. Dessa forma o fungo não foi capaz de transpor as barreiras e atacar as videiras de Carmenère pré-filoxera lá cultivadas. Hoje podemos dizer então que a tipicidade da Carmenère está no Chile. Leia mais sobre a história do vinho.

Qual é a melhor expressividade de uma uva?

A melhor expressividade de uma uva é geralmente observada na sua tipicidade. Isso não quer dizer que uma Pinot Noir plantada na Austrália não tenha qualidade para produzir um bom vinho. É preciso se atentar ao tipo de casta e suas características para a viticultura e o terroir onde ela será plantada. Existe regiões onde determinada casta se adapta melhor que outras. A Malbec é originária de Cahors, também na França, mas encontrou sua melhor expressividade na Argentina, em Mendoza.

Onde são plantadas as castas internacionais?

Infográfico: Castas de uva internacionais autóctones tipicidade expressividade

As castas internacionais estão globalmente difundidas, principalmente em países do Novo Mundo, como o Brasil onde não existem castas autóctones. Atualmente, países com grande tradição no uso de castas nativas estão também aderindo castas internacionais. Tanto para a elaboração de varietais como corte.

Essa tendência acontece por conta da globalização do vinho, é uma forma de atrair o consumidor externo, que muitas vezes já está habituado com o nome de certas uvas. Muitos consumidores não dominam bem as características dos terroirs para escolher uma garrafa pela região ou produtor, e apostam no nome da uva. No entanto, é necessária atenção na hora fazer a harmonização desses vinhos, pois os sabores e aromas das uvas podem variar bastante em diferentes terroirs. Leia mais sobre as características sensoriais dos vinhos.

Qual a importância das castas autóctones?

A aposta na utilização das uvas nativas tem um grande grau de importância. Muitos dos vinhos de maior qualidade e prestígio são elaborados com castas nativas. São vinhos com expressões mais autênticas de seu terroir, com mais personalidade. Sangiovese na Itália é um exemplo de casta nativa. Ela produz o Chianti e o Brunello di Montalticino, dois grandes exemplares de vinho italiano e mundial. Em Portugal, outro país que lidera em quantidade de autóctones, o icônico Barca Velha é produzido com um blend de autóctones, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinto Cão. Na Região dos Vinhos Verdes a casta Alvarinho produz exemplares mono varietais excepcionais.

Castas autóctones e a gastronomia

Muitas vezes as castas autóctones têm forte relação com a gastronomia local. De maneira simples, pode-se compreender que o desenvolvimento da gastronomia e da viticultura andaram lado a lado na história, de forma que muitos pratos típicos são perfeitamente harmonizados com vinhos oriundos de castas locais.

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