Champagnes que você precisa provar
Conheça Champagnes que você precisa provar ao menos uma vez na vida. A seleção dos vinhos foi feita após minha última visita a AOC Champagne, onde tive a oportunidade de provar rótulos especiais e muitos que não chegam ao Brasil. São opções que valem o investimento.
Veuve Clicquot Vintage Brut 2008
61% Pinot Noir, 5% Meunier e 34% Chardonnay
O ano de 2008 foi excepcional na região de Champagne e as uvas amadureceram em condições ideais. A Maison declarou a safra como Vintage e criou o 65º desde o seu primeiro Vintage em 1810.
Para a elaboração do millésime foi utilizado castas de oito Crus. A novidade do 2008 é o envelhecimento de 5% dos vinhos em cascos de madeira de florestas do Centro de França – Allier e Vosges. O que confere complexidade aromática, com notas suaves de madeira e damasco que se mesclam ao frutado da Pinot. Leia mais sobre a produção de espumantes.
Na boca é estruturado e revela a mineralidade do terroir de Champagne com toques cítricos de limão. Tem uma boa acidez e é muito refrescante. A bebida repousou por cinco anos em contato com as borras antes do degorgement e tem potencial para envelhecer até 2030.
Por sua delicadeza e peculiaridade, o ideal é degustar o Vintage sozinho. Mas se a ideia for combinar com algum prato, prefira receitas igualmente delicadas e sofisticadas com vieiras, peixes brancos, caranguejos ou cogumelos.
Veuve Clicquot Yellow Label Brut
50 a 55% de Pinot Noir, 15 a 20% de Meunier e 28 a 33% de Chardonnay
Produzido desde 1772, o Champagne Yellow Label mantém sua qualidade e sabor inalterado desde então. Os enólogos se utilizam de reserva de safras anteriores que podem ser utilizadas para manter o padrão.
Apresenta intenso e fino perlage com aromas de frutas brancas, incluindo Mirabelle uma frutinha típica da região, e deliciosa notas de pão. No paladar é estruturado e fresco, com final interno e agradável, sem amargor no retrogosto. O Veuve Clicquot não-vintage estagia por no mínimo 30 meses sobre as borras em garrafa antes do degogerment.
O Veuve Clicquot Yellow Label Brut é perfeito para ser servido junto com a refeição, seja no brunch, no almoço ou jantar. Acompanha muito bem tábua de queijos, tartar de salmão, risoto de cogumelos e spaghetti com frutos do mar. Leia outra avaliações de vinhos em nossa seção de Degustação.
Moët & Chandon Brut Imperial
30 a 40% de Pinot Noir, 30% a 40% de Meunier e 20% a 30 % Chardonnay
Criado a partir de mais de 100 vinhos diferentes, dos quais 20% a 30% são vinhos de reserva selecionados para manter o padrão da marca e aumentar a complexidade da bebida.
O Moët & Chandon Brut Imperial é um Champagne opulento e ao primeiro gole preenche a boca com uma mescla de sabores que variam do mineral à frutas brancas. Apresenta aromas de maça verde e frutas cítricas com notas de nozes e pão. É fresco com final longo e sedoso.
Esse champagne também é uma boa opção de vinho para acompanhar refeiçoes. Vai bem com culinária japonesa crua, pratos com carnes brancas, peixes leves e mix de frutas frescas com calda de chocolate branco.
Moët & Chandon Grand Vintage Rosé 2009
Pinot Noir 59 %, Chardonnay 30 % e Meunier 11 %
A excelência da safra de Pinot em 2009 foi fator decisivo para a elaboração do Champagne Vintage Rosé 2009 pela Moet & Chandon. A qualidade do vinho tinto produzido fez com que a empresa integrasse à assemblage. Dos 59% de Pinot na garrafa, 19% é de vinho tinto, não espumante.
A bebida tem uma cor luminosa com buquê profundo de frutas vermelhas maduras com nuances botânicas e florais de violeta. A maturidade é sentida nas notas de baunilha e pimenta vermelha. No paladar é festivo com textura suave e sabores de figo seco, cereja preta e noz-moscada. O Pinot se expressa com elegância e dá um final suave ao espumante. Foi envelhecido por sete anos nas caves e por seis meses após o degorgement.
Assim como a Veuve Clicquot Vintage Brut 2008, essa é um champagne para apreciar. Mas se você quiser acompanhar com alguma comida, pode tentar com sashimi de salmão, lagosta ou salada de frutas frescas vermelhas e pretas. Leia também sobre a garrafa de Champagne que muda de cor.
Canard-Duchêne Grande Cuvée Charles VII Brut
40% Pinot Noir, 30% Meunier e 30% Chardonnay
Canard-Duchêne é uma empresa que nasceu do amor entre um fabricante de barris, Victor Canard, e uma vinicultora, Léonie Duchêne. Em 1868 eles se casaram e juntos passaram a produzir vinhos e criaram a Maison.
No seu centenário, Canard-Duchêne criou o Charles VII cuvée em homenagem ao passado real da região de Champagne. A garrafa tem um design exclusivo bem diferente das tradicionais Champagne.
Perlage abundante, constante e fino com tom dourado. Nesse espumante o caráter cítrico e mineral dá lugar à fruta branca. No paladar é complexo com as frutas da Pinot bem presentes, assim como as notas de levedura (pão, mel e caramelo). É um champagne mais doce do que seco, o que deixa uma sensação gostosa na boca.
O Charles VII é daqueles champagnes para provar degustando. Mas se a ideia for abri-lo em uma mesa de refeição, prefira pratos com sabores mais refinados como vieiras, lagostim, medalhão de vitela e escalope de peru para a harmonização. Também vai muito bem com sobremesas e frutas frescas.
Rosé de Mailly
Pinot Noir 90% – Chardonnay 10%.
A Mailly Champagne é a única Champagne House a adquirir todos os seus vinhos a partir dos vinhedos Grand Cru. Ou seja, todos os champagnes são elaborados com uvas provenientes do Grand Cru homônimo, o que torna o produto excepcional. Apenas 17 das 319 aldeias de Champagne desfrutam desse status.
O Rosé de Mailly tem sabor sutil de frutas vermelhas, como framboesa e cereja, misturado com frutas cítricas. Tem aromas florais adocicados. É um espumante macio com final persistente e doce.
O Champagne combina perfeitamente com um final de tarde acompanhado de alguns canapés, jamon ibérico, queijo azul ou com sobremesa à base de frutos silvestres ou um charlotte com Biscuits Roses de Reims.
Animou-se a provar esses champagnes? Veja também nossa lista de espumantes brasileiros premiados. E as dicas de drinks com espumantes e de como harmonizar espumante na ceia de Natal.