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Identidade e qualidade dos Vinhos Verdes

A qualidade dos Vinhos Verdes ainda é um pouco questionada, muito por conta de sua história. A Região dos Vinhos Verdes surgiu como sinônimo de um vinho de alta produção e baixo preço. Os vinhos eram em sua maioria vendidos a granel para ser comercializado como vinho da casa em tascas de Portugal.

As videiras eram plantadas no alto para não ocupar espaço de terreno e poder no solo cultivar outro tipo de produto. Por estarem tão distantes do solo, algumas a dois metros de altura, as uvas recebiam pouca seiva e com isso desenvolviam pouco açúcar, mas muita acidez. Consequentemente, originava vinhos com pouco álcool, pouco corpo e acidez elevada.

Também era comum encontrar vinhos gaseificados. O gás era oriundo da fermentação malolática que ocorria espontaneamente dentro da garrafa. Com o líquido engarrafado, o gás gerado ficava preso e era liberado quando servido na taça. Hoje em dia, a fermentação na garrafa foi extinta e alguns produtores para manter a tradição “frisante” injetam gás carbônico artificialmente à bebida. Leia mais sobre como o vinho é feito.

Todos esses aspectos colaboraram para a fama de baixa qualidade dos Vinhos Verdes. Fama que muitos protutores têm trabalhado duro para modificar. Leia também nosso artigo sobre as características dos vinhos dessa região aqui.

O novos Vinhos Verdes

Qualidade dos novos vinhos verdes - Quinta de Paços - Portugal
Novo caminho para os Vinhos Verdes – Quinta de Paços – Portugal. Crédito: Resesva85.

Novos produtores da região estão querendo mudar essa “personalidade” nos novos Vinhos Verdes e mostrar ao mundo que há muita coisa de alta qualidade. Mas por conta dessa fama duvidosa que ainda perdura em alguns mercados, há produtores preferindo rotular seus vinhos apenas como Regional do Minho, para não causar um pré-conceito no consumidor. Não colocando a definição Vinhos Verdes no rótulo, o consumidor não associa a bebida ao conceito e arisca-se a conhecer o novo. Entenda as Regiões Demarcadas de Portugal. e o Terroir Português.

Os novos Vinhos Verdes são leves, frescos e frutados. Mas as semelhanças com os tradicionais param por aí. Os produtores estão apostando em vinhos complexos, com corpo que preenche a boca. A acidez continua alta, mas bem integrada com o açúcar e álcool presentes. Alguns vinhos brancos passam por um leve estágio em madeira e muitos possuem estrutura suficiente para envelhecer até dez anos, principalmente os varietais ­de Alvarinho.

Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) tem feito um trabalho muito forte no mercado nacional e internacional para mudar a visão sobre a região. A comissão atua em mais de cem países de importância mercadológica, realizando promoção, feiras e eventos com intuito de disseminar o consumo e comprovar a qualidade dos Vinhos Verdes de diferentes estilos.

Quer saber mais sobre as características e a qualidade dos Vinhos Vedes e outros vinhos portugueses? Inscreva-se em nossos cursos, ou acesse nossa Enciclopédia do Vinho.

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