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Qual a melhor Maison de Champagne para visitar

Qual a melhor Maison de Champagne para visitar
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Estar em Champagne é ter a oportunidade de provar marcas luxuosas por um valor mais acessível, e, inclusive, conhecer produções que não chegam ao Brasil. Para um conhecimento mais aprofundado sobre o glamouroso espumante, escolher alguma Maison de Champagne para visitar é uma boa pedida. Além de degustar a bebida, você conhecerá em detalhes a história da casa e o processo de produção.

O grande atrativo de Champagne (além da champagne em sim, é claro) são as caves de armazenamento. Todas as maisons possuem galerias subterrâneas onde guardam as garrafas. Algumas dessas galerias são do século V.

Reserve uma degustação de Champagne em Paris em língua portuguesa

Como escolher qual Maison de Champagne visitar

As atividades oferecidas pelas casas são, no geral, bem parecidas: visitas às caves e degustação de champagnes. A diferença está na profundidade das informações e na quantidade de vinho oferecido. Existe maisons mais turísticas e outras mais informativas.

Você pode escolher qual maison de Champagne visitar pelo grau de conhecimento que você tem ou gostaria de adquirir com a visita. Ou ainda escolher pelo estilo do champagne que prefere. Se você ainda não sabe qual o seu house style preferido, leia o artigo sobre o estilo de cada casa de Champagne e descubra!

Dica para visitar as Maisons de Champagne

As Maisons são totalmente diferentes das vinícolas do resto do mundo. Não há áreas de convivência, espaço ao ar livre ou para crianças. É um passeio de, no máximo, duas horas, e não é permitido ficar nas dependências da maison após a visita.

O tour é feito por túneis subterrâneos em uma temperatura de até 13 graus, muitas casas não têm elevador e você terá que descer muitos e muitos lances de escada. Por isso, escolha roupas confortáveis para o passeio.

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Algumas Maisons oferecem cobertor para aquecer do frio nos túneis subterrâneos

Eu sei que quando pensamos em visitar uma Maison de Champagne queremos estar bonitos para a foto. Mas você irá andar bastante e por ambientes bem gelados. Então, leve um agasalho e use sapato que não machuque o pé.

Como o foco da visita está nas galerias subterrâneas, pode não ser o passeio ideal para crianças pequenas. As caves são frias, escuras e úmidas. Como faz muito eco, é necessário manter silêncio absoluto. Caso o bebê comece a chorar, eles solicitam que a pessoa com neném se retire do passeio.

Algumas casas, como a Veuve Clicquot, não permitem descer à cave com mochilas ou bolsas muito grandes. Em nenhuma delas têm o que comer (não há bar ou restaurantes). Então, alimente-se antes.

Como é a visita em 6 Maisons de Champagne

Fiz um resumo sobre as Maisons de Champagne que visitei em Reims e Epernay, contando um pouco do que cada uma oferece. Confira os detalhes e escolha o que visitar em Champagne de acordo com o seu perfil.

Lanson

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Bandeira do Brasil hasteada na Lanson em homenagem a minha visita à maison

A Lanson é parada obrigatória para quem está em Reims. A maison tem um dos tours mais completos e educativos. Os guias estão preparados para responderem a todas as questões colocadas pelos visitantes. É ideal para iniciar o período pela região e entender com mais detalhes a produção do champagne. E, com isso, poder aproveitar melhor a vista às outras casas.

A Lanson é a única (pelo menos que eu tenha visitado) que permite a entrada do visitante na área técnica, onde estão os barris de carvalho e os tanques de fermentação.

A visita inclui um percurso pelas galerias subterrâneas, onde estão armazenadas as garrafas para envelhecimento. Incluindo o Padarise Lanson, uma área exclusiva que guarda a coleção dos Old Vintage. Na parte externa está o Clos Lanson, um vinhedo de Chardonnay que origina o especial Clos Lanson. Conheça detalhes sobre o vinhedo no coração de Reims.

A visita tem duração de 1h30 e está disponível em inglês e na língua local, o francês. Tem valor a partir de 20€, com degustação de uma taça de Lanson Black Label. Reservas.

Aproveite e leia uma entrevista exclusiva com Hervé Danta, chef de cave da Lanson, que fiz durante minha visita à Maison.

Taittinger

A Taittinger é uma Maison que se diferencia das outras. Enquanto a maioria pertence a grandes grupos, a Taittinger se mantém desde 1734 como uma empresa familiar. E isso reflete nas carteiristas do vinho, assim como na visita.

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Os túneis subterrâneos eram usados pela população como refúgio nas guerras

Para começar o passeio, um vídeo que conta toda a história da empresa é apresentado. Na sequência, um tour pelas caves subterrâneas. Enquanto percorre o caminho tomado por garrafas, lembre-se de reparar nas paredes: têm diversas marcações da época da guerra -os túneis eram usados como refúgio pela população local. De volta à superfície, é oferecido a degustação. A prova acontece em uma sala onde estão expostas as garrafas Taittinger Collection Brut Millésimé que a cada ano são estilizadas por um artista. Em 2016, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado foi o convidado para ilustrar a Millésimé 2008.

A visita tem duração de uma hora e é feita em francês e inglês, pode ser solicitado nas línguas espanhol e alemão. O valor inicial é de 21€ com degustação de uma taça de Brut Reserva. Informações e reserva.

Veuve Clicquot

A Veuve Clicquot oferece uma visita bem completa, mas como faz parte do grupo de luxo LVMH, segue algumas regras que se aplicam as outras casas do conglomerado. Como, por exemplo, não revelar informações como número de vendas anual ou detalhes da assemblagem.

Antes de iniciar o passeio, é oferecido cobertor para ser utilizados dentro das caves, onde a temperatura chega a 10ºC. O tour começa pelas galerias subterrâneas que possuem equipamentos suficientes para ilustrar o que é explicado pela guia. Incluindo monitores que exibem em vídeo toda a produção da bebida, desde a vinha até a garrafa. Nos corredores há objetos com mais de dois séculos, que contam toda história e a importância de Madame Clicquot. Está em exibição a mesa de remuage, idealizada pela viúva, a área do dégorgement à la volée e as novas giropaletes.

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A mesa de remuage foi invenção de Madame Clicqout para deixar o vinho límpido

Ao sair da galeria, o visitante encontra uma horta de ervas e flores, para que sinta os aromas que podem ser encontrados dentro das garrafas (foto em destaque). Dali, o momento mais esperado: a degustação. Se o dia estiver bom, a prova é feita na área externa da casa, em um jardim. Há também uma loja que comercializa todas as criações da Maison e peças de decoração, acessórios de vinhos e de moda.

O passeio dura uma hora e é oferecido em inglês e francês. As reservas devem ser feitas com bastante antecedência, pois os lugares esgotam rápido. O tour tem o custo de 28€ por pessoa com a degustação de uma taça de Brut Yellow Label. Reserva.

Ruinart

A Ruinart é uma Maison para quem já está inserido no mundo do vinho. É a mais exclusiva e a mais cara. É claro que o foco da visita são os vinhos, mas a arte tem um grande espaço. Inclusive, a visita começa em uma sala onde estão guardadas peças produzidas por importantes artistas para a Maison. Este ano, o artista convidado para retratar a casa foi o brasileiro Vic Muniz e durante o percurso é possível ver instalações do fotógrafo.

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Os túneis da maison Ruinart chegam a 40 metros de profundidade

A visita continua pelos poços de calcário cavados pelos romanos no século 4 e que desde 1760 são utilizados para envelhecimento dos champagnes. São três poços e mais profundo deles têm 40 metros, o mesmo tamanho da catedral de Reims, só que para baixo da terra. Antes da decida, você pode solicitar um cobertor para usar nas galerias, onde a temperatura é de 10 graus.

O ponto alto da visita a Ruinart é a degustação. Ela acontece em uma sala privativa, na companhia do guia que explica detalhadamente cada exemplar provado. As garrafas estão à venda e você ainda pode personalizar as caixas de madeira ou a embalagem de papelão gratuitamente.

As visitas têm duração de duas horas e acontecem em grupos reduzidos em francês ou em inglês. É possível solicitar antecipadamente em português. O custo é de 70 euros por pessoa, com degustação de duas taças. O visitante escolhe entre Rosé e um Blanc de Blancs da linha Ruinart e/ou Rosé e um Blanc de Blancs da gama Dom Ruinart. Se você quiser ainda mais exclusividade, é possível solicitar um tour privativo. Ao término, é oferecido uma degustação com os quatros rótulos citados. O valor é de 600 euros, para o casal.

É necessário fazer reserva antecipada e não é permitido entrar na maison sem a confirmação. Os visitantes da manhã conseguem ver a linha de engarrafamento em atividade. Detalhes.

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Jardim da Maison Ruinart em Reims

Moët & Chandon

A Moet & Chandon é a Maison mais visitada na região. Ela fica em Epernay, na famosa Avenida do Champagne. A visita acontece quase que integral na parte de baixo da vinícola, nas caves. Pelos corredores subterrâneos o guia explica os detalhes da produção da Moet & Chandon e da Dom Perignon. E, como também faz parte do grupo LVMH, muitas perguntas ficam sem respostas. O que deixa o tour um tanto quanto incompleto.

O passeio termina na loja da Maison, que oferece todos os produtos da Moët & Chandon e Dom Perignon. Mas fique atento ao que for comprar, pois o valor praticado ali é mais elevado que em outras lojas. Inclusive, é cobrado 2€ pela embalagem, que muitas vezes já vem com a garrafa em outros estabelecimentos. A loja é aberta ao público, não sendo necessária a realização da visita à cave para conhecer, mas não são oferecidas degustações sem o tour.

A visita é mais curta, dura apenas 45 minutos já com a degustação. Os grupos são grandes, chegando a 25 pessoas. Mesmo tendo grupos inteiros só de brasileiros, a vinícola não disponibiliza guias em português. Apenas em espanhol, inglês e francês. O preço é de 25€ por pessoa com uma taça de Moët Imperial Brut. Reserva.

Canard-Duchêne

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Prensa coquard tradicional está em exposição na Canard-Duchêne

A Canard-Duchêne é uma marca não muito conhecida no Brasil. Mas está ai uma bela oportunidade para você conhecer o champagne preferido da monarquia russa. A Maison fica entre Reims e Epernay, em Ludes. O trajeto é em meio aos vinhedos da Grande Montagne de Reims. O visual é lindo.

Como fica fora da rota turística, a visita à Canard-Duchêne é bem exclusiva. O passeio começa pelas galerias esculpidas à mão no século 19, que abrangem quase quatro quilômetros em quatro níveis, entre 12 e 18 metros de profundidade. E também passa por áreas de produção, com maquinários antigos, como uma prensa coquard tradicional. Se não estiver chovendo ou geando, é incluído uma visita às vinhas.

O tour termina na sala de degustação, onde é oferecido uma taça de champagne. O valor do passeio varia de acordo com a degustação escolhida. A mais barata custa 14 euros, com opção de um Brut ou um Demi-Sec, e a mais cara tem o valor de 25 euros e você pode escolher dois rótulos da gama Charles VII .

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O valor do tour na Canard-Duchêne varia com a degustação escolhida

Há quatro horários de visitação, às 10h30, 14h, 15h e 16h30. É recomendável fazer reserva antecipada. Se no horário escolhido só tiver você, eles fazem o tour mesmo assim. Disponível em inglês, francês e alemão. Reserva.

Visitei a Lanson, Veuve Clicquot, Ruinart e Taittanger a convite do departamento de marketing da França de cada uma das Maisons.

Agora que você já tem uma ideia do que visitar em Champagne, confira uma seleção de Champagnes que você precisa provar. E também vale conferir a lista dos espumantes brasileiros premiados em 2019.

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